Reforma da educação brasileira e a lei federal nº 5.692/1971

Autores

  • Ana Valeria Abbeg Rede Municipal de Educação de Pinhais-PR
  • Leticia Trzaskos Rede Estadual de Educação do Paraná - Brasil
  • Valter Andre Jonathan Osvaldo Abbeg Universidad San Carlos - PY

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.8018848

Palavras-chave:

Lei, Reforma, Currículo

Resumo

A pesquisa sobre a Lei Federal nº 5692/1971, que fixa diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, revela importantes repercussões na educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e ensino técnico-profissionalizante. A legislação, promulgada em 11 de agosto de 1971, representou um marco na reestruturação da educação brasileira, buscando adequar-se às demandas da sociedade em transformação na época. Na educação infantil, instituiu a criação dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), que objetivavam oferecer uma formação educacional mais abrangente às crianças em idade pré-escolar. Esses centros buscavam não apenas promover a educação básica, mas também proporcionar acesso a atividades culturais, esportivas e assistência social, visando ao desenvolvimento integral dos alunos. No ensino fundamental, a legislação estabeleceu a organização do currículo em ciclos, com o objetivo de superar o modelo seriado tradicional. Essa mudança implicou uma reconfiguração na estrutura escolar, com maior flexibilidade na progressão dos estudantes, permitindo que os alunos avançassem de acordo com suas capacidades e ritmos de aprendizagem. Além disso, a lei enfatizou a necessidade de uma formação geral e humanística, com ênfase no desenvolvimento de habilidades e competências essenciais para a cidadania. No ensino médio, estabeleceu uma reorganização curricular com a proposta de promover uma formação mais abrangente e aprofundada. O currículo foi dividido em três áreas de conhecimento: Ciências Físicas e Biológicas, Ciências Humanas e Ciências da Natureza, com o intuito de ampliar o acesso dos estudantes a diferentes campos de saber e promover uma formação mais crítica e reflexiva. No ensino técnico-profissionalizante, a legislação buscou integrar a formação profissional com o ensino regular, a fim de promover a qualificação de mão de obra para as demandas do mercado de trabalho. Foram criadas escolas técnicas e profissionalizantes, com cursos voltados para diversas áreas, como agricultura, indústria e comércio, visando capacitar os estudantes para exercerem atividades específicas. Suas diretrizes impactaram a estrutura curricular, a organização escolar e a formação dos estudantes, buscando atender às necessidades da sociedade e promover uma educação mais inclusiva, abrangente e adequada aos desafios da época. O legado dessa legislação ainda se faz presente na educação brasileira, e sua análise oferece importantes insights para a compreensão do desenvolvimento do sistema educacional do país.

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Publicado

2023

Como Citar

Abbeg, A. V., Trzaskos, L., & Abbeg, V. A. J. O. (2023). Reforma da educação brasileira e a lei federal nº 5.692/1971. ETS IUSTITIA - Revista Sociedade, Direito E Justiça, 1(1), 001–016. https://doi.org/10.5281/zenodo.8018848