Cadernos de InterPesquisas

A metodologia de rotação por estações como ferramenta pedagógica no ensino de monômios: resultados e recomendações

Thiago Phelippe Abbeg — 2025-06-10

Este artigo explora a aplicação da metodologia de rotação por estações no ensino de monômios para alunos do 8º ano em uma escola pública de Colombo, Paraná. A abordagem envolveu a divisão dos alunos em grupos que rotacionam entre oito estações de aprendizagem, cada uma com atividades específicas para identificar, operar e aplicar conceitos de monômios. A análise demonstrou que a rotação por estações promoveu maior engajamento e autonomia dos alunos, facilitando uma compreensão mais profunda dos conceitos algébricos. A avaliação formativa permitiu ajustes contínuos e feedback direcionado, contribuindo para um aprendizado mais eficaz e colaborativo. Os resultados destacam a eficácia da metodologia e oferecem recomendações para práticas pedagógicas futuras no ensino de matemática.

Extensão universitária em espaços rurais e do campo no Estado do Ceará

Antoniel dos Santos Gomes Filho — 2025-06-10

A Extensão Universitária possibilita uma integração efetiva entre universidade e as diversas comunidades, entre elas as comunidades rurais e/ou do campo. Diante deste contexto questiona-se: O que as experiências construídas através da EU nos espaços rurais e/ou do campo tem contribuído para a discussão de justiça social e no reconhecimento das potencialidades educativas nesses espaços? O objetivo do estudo consiste em compreender com as experiências e ações de extensão universitária desenvolvidas em espaços rurais e/ou do campo no Estado do Ceará têm contribuído para o desenvolvimento desses espaços, além de validar o significado e potencial educativo. Metodologicamente o estudo é de caráter qualitativo e consiste em uma revisão bibliográfica da literatura. Como resultados da pesquisa foram selecionados os relatos de experiência de Batista et al. (2020), Militão et al. (2020), Silva e Silva (2020) e Brito e Alves (2021). Considera-se que há uma preocupação de extensionistas de universidades cearenses em desenvolver atividades e ações de extensão em espaços rurais e/ou do campo nas diversas áreas do conhecimento, demonstrando que tais espaços são também acolhedores de projetos de extensão.

Empatia e flexibilidade: um diálogo entre a terapia centrada na pessoa e o desenho universal para a aprendizagem

Ana Cecilia Nicareta Santos Zattar — 2025-06-10

O presente artigo propõe uma análise teórico-comparativa entre a Terapia Centrada na Pessoa (TCP), desenvolvida por Carl Rogers, e o Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA), estrutura pedagógica voltada à promoção da inclusão educacional por meio de práticas flexíveis e responsivas. O objetivo central consiste em investigar os pontos de convergência entre essas duas abordagens, enfatizando seus fundamentos éticos, epistemológicos e metodológicos, com vistas a contribuir para a construção de ambientes de aprendizagem mais humanos, acessíveis e afetivamente seguros. A metodologia adotada baseia-se na revisão bibliográfica de caráter qualitativo, mobilizando, entre outros, os livros Tornar-se pessoa e Terapia centrada no paciente (Rogers, 1995, 1979), além de documentos teóricos sobre o DUA elaborados pelo CAST e por pesquisadores contemporâneos da área de educação inclusiva. A análise revela que ambas as propostas, apesar de suas origens distintas — a primeira na psicologia humanista e a segunda na neurociência educacional — compartilham uma concepção de sujeito centrada na dignidade, na escuta ativa e na valorização das singularidades. A TCP enfatiza a relação terapêutica como espaço de crescimento pessoal, mediada pela congruência, empatia e aceitação incondicional. O DUA, por sua vez, estrutura-se a partir da eliminação de barreiras de aprendizagem, propondo múltiplas formas de representação, ação e engajamento. A interface entre ambas as abordagens aponta para a possibilidade de uma pedagogia centrada na pessoa, na qual a inclusão não seja apenas normativa, mas vivida como prática cotidiana de respeito, acolhimento e transformação. Assim, articulação entre TCP e DUA pode enriquecer a formação docente e a prática educativa, fornecendo subsídios para a construção de contextos escolares verdadeiramente inclusivos e humanizados.

Escrita como um campo: veredas políticas de resistência e luta

Waldenilson Teixeira Ramos — 2025-03-06

Este artigo apresenta o pré-projeto de pesquisa desenvolvido no âmbito do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), na linha de investigação "Subjetividade, Política e Exclusão Social". Intitulado “Escrita como campo de disputa dissidente: as urgências na cena pública em um Brasil coaptado pelas produções de aniquilamento das diferenças” , o projeto foi incluído no programa de pós-graduação em Psicologia em 2023 e aprovado sob a orientação do Doutor e Professor Danichi Hausen Mizoguchi, como requisito para a realização do curso de Mestrado. A investigação em andamento busca explorar a escrita como dispositivo de resistência e produção de subjetividades dissidentes em um cenário sociopolítico marcado por práticas sistemáticas de exclusão e silenciamento. Neste manuscrito, serão apresentados os objetivos, as questões-problemas, a justificativa, a relevância e a metodologia adotada no estudo. Além de divulgar o processo investigativo, o manuscrito busca funciona como um registro reflexivo sobre as etapas e os desafios da pesquisa, contribuindo para a produção de conhecimento crítico no campo das ciências humanas e sociais.